terça-feira, 20 de janeiro de 2015

07. H.A.A.R.P.



H.A.A.R.P.

Esteja atento aos ritmos
O amadurecimento dos frutos
Procure compreender os ciclos
A vida segue seus fluxos
Nunca se afaste dos signos
Da sua potência serão reflexos
O violento arrastar dos rios
E a eletrizante carga dos raios

Todos sabem ser fidedigno
Do vencedor que escreve, o relato
Pois, na deriva dos séculos
A força sempre foi o vernáculo
Ressignifique os ritos
Então, reconheça os fatos
Não se escapa do conflito
O embate é o grande ato

Ó, céus, cobertores dos cínicos
Sol, farol do firmamento
Iluminai o caminho dos santos
Que esperam o arrebatamento
Mal disfarçando o pânico
De perceber o próprio perecimento
Seduzem-se com o mórbido encanto
Aprisiona-se o seu pensamento

Lance-se ao pensar supersônico
Desafie-se ao existir inquieto
Boicote o estratagema biônico
Que prescinde de qualquer sentimento
Manipula o código genético
O monopólio do entorpecimento
É regado todo o debate ético
Com cerveja de milho transgênico

Eleva-se o poder tirano
Em sua técnica de convencimento
Aliens de nosso próprio engano
Senhores de nosso encarceramento
Tece-se um enredo mítico
Que interdita o raciocínio lógico
São inocentes do apocalipse hídrico
O latifúndio e o agronegócio

Cobre-se de um verniz cômico
A estupidez, o que é sintomático
Perde-se no fluxo midiático
Seria chiste, não fosse trágico
Serve-se o poder hegemônico
Da unidade do sistema métrico
Mede-se o mundo com os termômetros
Das antenas de aquecedores iônicos

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