terça-feira, 20 de janeiro de 2015

09. Como Nietzsche Ficou Louco



Como Nietzsche Ficou Louco

Só posso amar a vida sem culpa porque a antiga moral era recusa
É belo somente o necessário, é bela a curva da reserva de gordura
Eu ainda estou vivo, então, só posso fazer o que eu quero
Eu devo querer o que preciso e eu não preciso estar cativo

Então, vamos ficar loucos como Nietzsche ficou louco
Pois, querer muito pra mim ainda é muito pouco
Vamos dizer ‘não’ aos sacerdotes da razão
Como diz aquele apócrifo, ela não ouve a canção!
Então vamos dizer sim como Nietzsche dissera a mim
Amar o diferente – é o que retorna eternamente
E toda difamação que o associa à negação
Superadas sua irmã, toda a “família cristã”

Contra os que me queriam morto de inanição, os que dizem não à vida,
Meu primeiro ato de rebeldia foi nascer e viver ainda...
Apesar de aberta e tanta sangria, sei que me curarei da ferida
Que me fará mais forte ante a despedida de tudo que me prendia

Então, vamos além como Nietzsche fora também
O melhor de mim é a medida que me convém
Vamos dançar à fogueira queimando a vida inteira
Cantar até a manhã qualquer cantiga pagã!
Toda minha frustração, meu corpo em decomposição
Será a matéria da minha transformação
Fará, a minha coragem em aceitar o desafio,
Botar meus pés no chão e cumprir o meu destino

Foi isso, a vida? Muito bom! Mais uma vez!
Há tantas auroras que ainda não raiaram!





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Inquietações? Muito bem! Sou todo ouvidos!